segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

São Luiz do Paraitinga

Este é daqueles posts que você não planejou.
Sexta-feira última (08/01/10) tocamos pra S. Luiz do Paraitinga. Eu, Francis, Raquel, Fabrício e Lívia. Tínhamos que ajudar, de alguma maneira.
O Francis e a Raquel mobilizados no RJ, eu por aqui. O Fabricio orientou sobre o que levar. Arrecadamos uma camionete cheia de materiais de limpeza, roupas, calçados, água, leite... e vontade de fazer alguma coisa pela cidade que sempre demonstrou acolhimento, charme, simplicidade e beleza. Várias pessoas colaboraram e não dá pra citar todo mundo. Em especial, Bia e Mel, que juntaram a grana e compraram a maior parte das doações. Eu consegui juntar o suficiente pra comprar 100 kg de ração pra cães e gatos. Ler a notícia que vários deles estavam passando fome foi de doer...
Mas a dificuldade em descrever tudo o que presenciamos tá só começando. Seria "lugar comum" dizer que aquilo parece cenário de guerra. Isso todo mundo já sabe. O que poucos sabem é que há um empenho enorme pra fazer tudo de novo. Pra limpar tudo, pra consertar aquilo tudo. E os cenários chegam a ser desoladores: há lugares em que não dá pra saber por onde começar... E mesmo assim, estão todos lá, trabalhando, juntando entulho, lavando paredes, tetos, calçadas. Há equipes cuidando do almoço, há outras cuidando da água, do gás... há muita gente fazendo muita coisa. Centros de triagem, de distribuição... tem serviço pra todo mundo. Li algumas coisas por aí criticando alguma desorganização, mas... querer perfeição no meio do caos é querer demais. O fato de estarem todos vivos já é uma grande dádiva.
Parahytinga: "Águas claras", do Tupi-guarani. E foi muita água.
Não vamos entrar nessa de quem foi a culpa: governo, povo, Deus (que mandou a chuva) e outras bobagens... o fato é que a cidade precisa de pessoas que ajudem e não filósofos. Não por hora.
Não vou detalhar mais nada agora. Vejam algumas fotos. Depois escrevo mais.
Valeu.