segunda-feira, 6 de junho de 2011

5 de junho - Dia Mundial do Meio Ambiente













Fonte da foto: escolinhanet.blogspot.com

Olá!
Há tanta coisa pra se escrever nesta data, não?
Mas hoje vou me limitar a dois textos: um que recebi da minha amiga Patricia Hawrysz (que chegou até ela através dos meus amigos da Cia de Rafting) e outro que encontrei no blog viver-sustentável.
Primeiro o que recebi da Patricia. Antes, um comentário: se tudo que fazemos é para imaginar que não somos donos de nada e que temos a obrigação de deixar este planeta em boas condições para as futuras gerações, estamos falando de crianças. E é pensando nelas que este texto foi escrito:
Como estimular o consumo consciente?
Fonte : Equipe Personare.

Mesmo ouvindo falar tanto em sustentabilidade, muitas vezes enfrentamos dificuldades em mudar nossos hábitos e adotar atitudes mais conscientes em relação ao meio ambiente. Podemos, no entanto, incorporar práticas simples ao nosso cotidiano. Como servir de exemplo para as crianças que convivem conosco, para que cresçam considerando a sustentabilidade como parte de seu dia-a-dia?

Reunimos dez pequenas atitudes para incentivar o consumo consciente em nossos pequenos. Para complementar nossas sugestões, convidamos uma visitante do Personare para opinar também e compartilhar outras dicas de como influenciar positivamente nossas crianças. Confiram:

■Leve as crianças à feira e ao mercado e deixe-as "explorar" as frutas, verduras e legumes. Inventem receitas juntos, usando os alimentos que escolheram.
■Sempre que possível, dê preferência a roupas e brinquedos ecológicos para as crianças. Lembre que seus filhos e sobrinhos serão os consumidores do futuro.
■Combine troca-troca de roupas com amigos que possuem filhos em idades próximas. O que não serve mais para vocês pode ser muito útil para outros. Estimule a criança, ao ganhar um brinquedo de presente, a escolher um que não brinque mais para doar a quem precisa.
■Façam passeios a bosques, florestas, praias. Deixe os pequenos andarem descalços, tocarem as árvores, respirarem o ar puro. Compartilhem as sensações.
■No momento do banho, feche a torneira enquanto ensaboa a criança. Faça o mesmo quando estiver escovando os dentes e incentive-a a imitar você.
■Lembre que mesmo em stand-by os aparelhos consomem energia. Ensine os pequenos a desligarem a TV ou o DVD quando não forem mais assistir. Dê o exemplo: não deixe vários eletrônicos ligados ao mesmo tempo.
■Mantenha em seu carro ou bolsa uma embalagem para colocar o lixo. Ensine a criança a colocar o lixo nos coletores de reciclagem, separando orgânicos, metais, plásticos e papéis.
■Sempre que puder, ao sair de casa, lembre de levar sua própria sacola, dessas de pano. Assim você evita usar sacolas plásticas.
■Pense duas vezes antes de imprimir alguma coisa. Ensine as crianças a usarem os dois lados da folha ao desenhar. Também vale fazer bloquinhos para reaproveitar o verso de papéis usados.
■Combine com outros pais um rodízio para buscar as crianças na escola. Nos finais de semana, faça caminhadas ou passeios de bicicleta com os pequenos.


Dicas de Sarah Nery, jornalista, mãe de Caio Francisco

■Seja uma mãe consciente. Naturalmente, seu filho repetirá o seu exemplo.
■Dê prioridade. Com o ritmo louco moderno, a criação dos filhos vai ficando atrás do trabalho, do dinheiro e demais necessidades inventadas. Para criarmos seres humanos melhores para o mundo, devemos tomar um tempo para criá-los de maneira mais "personalizada" e menos "padronizada".
■Seja criativa. Há alternativas baratas e sustentáveis para fabricação de brinquedos, de objetos de decoração, de alimentos saudáveis... É mais simples do que se imagina e muito prazeroso.
■Não seja consumista. Isso tem a ver com os itens anteriores, mas vale reforçar. Além de correr o risco de mimar a criança com muitos bens materiais, ela raramente desenvolverá uma consciência crítica se tem como exemplo o consumo fácil e, muitas vezes, supérfluo.

Muito legal, não?

O segundo texto também é muito legal. Fala da "Teoria das janelas partidas".
Conhece? Veja abaixo:

Teoria das janelas partidas

Texto baseado no livro “Broken Windows”, de James Q. Wilson e George L. Kelling.

Em 1969, na Universidade de Stanford (EUA), o Prof. Phillip Zimbardo realizou uma experiência de psicologia social. Deixou duas viaturas abandonadas na via pública, duas viaturas idênticas, da mesma marca, modelo e até cor. Uma deixou em Bronx, na altura uma zona pobre e conflituosa de Nova York e a outra em Palo Alto, uma zona rica e tranquila da Califórnia.

Duas viaturas idênticas abandonadas, dois bairros com populações muito diferentes e uma equipa de especialistas em psicologia social estudando as condutas das pessoas em cada sítio.

Resultou que a viatura abandonada em Bronx começou a ser vandalizada em poucas horas. Perdeu as rodas, o motor, os espelhos, o rádio, etc. Levaram tudo o que fosse aproveitável e aquilo que não puderam levar, destruíram. Contrariamente, a viatura abandonada em Palo Alto manteve-se intacta.

É comum atribuir à pobreza as causas de delito.

Atribuição em que coincidem as posições ideológicas mais conservadoras, (da direita e esquerda). Contudo, a experiência em questão não terminou aí, quando a viatura abandonada em Bronx já estava desfeita e a de Palo Alto estava há uma semana impecável, os investigadores partiram um vidro do automóvel de Palo Alto.

O resultado foi que se desencadeou o mesmo processo que o de Bronx, e o roubo, a violência e o vandalismo reduziram o veículo ao mesmo estado que o do bairro pobre.

Por que que o vidro partido na viatura abandonada num bairro supostamente seguro, é capaz de disparar todo um processo delituoso?

Não se trata de pobreza. Evidentemente é algo que tem que ver com a psicologia humana e com as relações sociais.

Um vidro partido numa viatura abandonada transmite uma ideia de deterioração, de desinteresse, de despreocupação que vai quebrar os códigos de convivência, como de ausência de lei, de normas, de regras, como que vale tudo. Cada novo ataque que a viatura sofre reafirma e multiplica essa ideia, até que a escalada de atos cada vez piores, se torna incontrolável, desembocando numa violência irracional.

Em experiências posteriores (James Q. Wilson e George Kelling), desenvolveram a ‘Teoria das Janelas Partidas’, a mesma que de um ponto de vista criminalístico, conclui que o delito é maior nas zonas onde o descuido, a sujidade, a desordem e o maltrato são maiores.

Se se parte um vidro de uma janela de um edifício e ninguém o repara, muito rapidamente estarão partidos todos os demais. Se uma comunidade exibe sinais de deterioração e isto parece não importar a ninguém, então ali se gerará o delito.

Se se cometem ‘pequenas faltas’ (estacionar-se em lugar proibido, exceder o limite de velocidade ou passar-se um semáforo vermelho) e as mesmas não são sancionadas, então começam as faltas maiores e logo delitos cada vez mais graves. Se se permitem atitudes violentas como algo normal no desenvolvimento das crianças, o padrão de desenvolvimento será de maior violência quando estas pessoas forem adultas.

Se os parques e outros espaços públicos deteriorados são progressivamente abandonados pela maioria das pessoas (que deixa de sair das suas casas por temor aos gangs), estes mesmos espaços abandonados pelas pessoas são progressivamente ocupados pelos delinquentes.

A Teoria das Janelas Partidas foi aplicada pela primeira vez em meados da década de 80 no metro de Nova York, o qual se havia convertido no ponto mais perigoso da cidade. Começou-se por combater as pequenas transgressões: graffitis deteriorando o lugar, sujeira das estações, ebriedade entre o público, evasões ao pagamento de passagem, pequenos roubos e desordens. Os resultados foram evidentes. Começando pelo pequeno conseguiu-se fazer do metro um lugar seguro.

Posteriormente, em 1994, Rudolph Giuliani, prefeito de Nova York, baseado na Teoria das Janelas Partidas e na experiência do metro, impulsionou uma política de ‘Tolerância Zero’.

A estratégia consistia em criar comunidades limpas e ordenadas, não permitindo transgressões à Lei e às normas de convivência urbana. O resultado prático foi uma enorme redução de todos os índices criminais da cidade de Nova York.

A expressão ‘Tolerância Zero’ soa a uma espécie de solução autoritária e repressiva, mas o seu conceito principal é muito mais a prevenção e promoção de condições sociais de segurança. Não se trata de linchar o delinquente, nem da prepotência da polícia, de fato, a respeito dos abusos de autoridade deve também aplicar-se a tolerância zero.

Não é tolerância zero em relação à pessoa que comete o delito, mas tolerância zero em relação ao próprio delito.

Trata-se de criar comunidades limpas, ordenadas, respeitosas da lei e dos códigos básicos da convivência social humana.

Até o próximo post!

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